segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um brinde ao infinito



"Segura minha mão" pediu a garota enquanto se apoiava na calota do trailer.

O vento forte bagunçava seus longos cabelos negros. Apesar do vento, o fim de tarde estava quente.
O sol já havia se posto mas, a escuridão não estava completa. Era aquela hora do dia que o céu fica laranja-rosa-azul-escuro, tudo ao mesmo tempo...
E o mar reflete todas as cores.

"Pronto. foi difícil chegar aqui, hein?" Reclamou o menino quando ambos já estavam acomodados em cima do trailer. A ideia maluca foi dela, lógico.


Era um trailer velho, daqueles que vende pastel na praia e, estava lá, justamente naquele momento mágico do dia. Os jovens enamorados, se é que assim podemos denominá-los, procuravam um lugar para ficarem juntos em paz.

"Mas tá valendo a pena, não está?" Ela respondeu enquanto admirava o mar. As ondas iam e vinham no balanço característico. As espumas borbulhavam, as cores se misturavam, em instantes o céu ficara escuro e, a cada onda que se quebrava era como se ela tirasse uma foto com os olhos, queria eternizar aquele momento. Se não fosse em fotos que fosse na memória.

"Em que você tá pensando?" Ele perguntou percebendo a distração da garota

"No infinito...."


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